Essas crianças...


"Essas crianças de hoje!" foi escrito pelo médico e dramaturgo Pedro Bloch em 1970. Se o tivesse feito 10 anos antes ou daqui há 10 anos, o resultado teria sido o mesmo: uma compilação da eterna pureza, espontaneidade e ingenuidade infantis, captada de histórias vividas e ouvidas das crianças. O autor de "Criança diz cada uma!" narra prodígios, frases, respostas divertidas, reações surpreendentes que encantam qualquer um. Encantou a mim particularmente, quando encontrei o livro jogado no Sebo do Messias, cheio de pérolas das mais maravilhosas e inesperadas. A leitura de "Essas crianças!" evoca o mais sublime dentro de nós mesmos, a época em que éramos livres de preocupações e tudo era tão simples como 'fechar a torneira do céu num dia de chuva'. Logo abaixo vão alguns trechos das frases encontradas no livro que, em razão de ter sido publicado há mais de 40 anos, deverá ser encontrado apenas em sebos - lojas físicas ou virtuais (há várias opções no site da Estante Virtual - www.estantevirtual.com.br). Um livro leve, gostoso, que nos arremessa tempo adentro: primeiro por que voltamos a ser crianças; depois, por que não vemos as horas passarem.
Definição
-Papai, hoje eu vi o metrô!
- Que nada, menino! Metrô onde? Você nem sabe o que isso é!
- Não sei, é? ... Metrô é um trem... que entrou pelo cano.
O terreno
-Franklin era deste tamanhinho assim, quando, diante de uma casa em demolição, apontou:
- Olha, pai. Estão fazendo um terreno!
Relâmpago
Diante do contínuo relampejar, Serginho observou:
- O céu está querendo acender mas não pode.
Essas crianças de hoje!
Beatriz, de três anos, acordou surpreendida por ter caído da cama e exclamou, de olhinhos arregalados:
- Vovô, a cama derramou eu!
Nestorzinho e o caminhão
Nestorzinho, vendo passar um daqueles caminhões que jogam água para lavar as ruas:
-Papai, olha a chuva passeando de caminhão!

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