Um exemplo de vida

Hoje é um dia muito especial para a história de Santa Rita, nascida em 1.381, numa cidade perto de Cássia, na Itália. Nasceu há exatos 629 anos e morreu há exatos 553 anos. Sim, Santa Rita nasceu e morreu no mesmo dia 22 de maio. É como se a mesma data homenageasse nascimento e morte, amor e sofrimento na mesma e distinta pessoa. Em se tratando de Santa Rita, é uma justíssima homenagem.
A contrariedade é o substantivo para entender a sua vida, marcada por dor e tragédia; a obediência e o perdão são os seus maiores adjetivos. Seu próprio nascimento já é um milagre: veio ao mundo quando a mãe, Amata, tinha 62 anos.
Os pais eram anosos e sem muito estudo, mas instruíram Rita nos caminhos de Deus. Visitavam os necessitados da região, a quem levavam oração e conforto. Temendo deixar a filha sozinha no mundo, permitiram que ela se casasse, aos 16 anos, com Paolo Mancini.
Embora o desejo de Rita fosse entrar para o convento, obedece a vontade dos pais. E quis o destino que o pretendente fosse menos afeito à religiosidade do que à rudeza e à bebida. Tiveram gêmeos, com os mesmos desvios de caráter. Rita sofreu com a infidelidade e com os maus tratos do marido, mas se manteve obediente e dedicada por todo o matrimônio. Tanta benevolência levou Paolo ao arrependimento, 20 anos depois. Perdoado, tornou-se um homem mais virtuoso, ainda que por pouco tempo: morreu assassinado, em decorrência dos maus atos do passado. Os filhos prometeram vingá-lo, mas morreram doentes antes de sujarem as mãos e as almas. A história conta que Rita teria pedido a Deus que os levassem, como impedimento de se tornarem maus e vingativos.
A vida de Santa Rita de Cássia é sobretudo uma mensagem de obediência, de perdão, de esperança, de humildade e de amor incondicional. É a padroeira da família, instituição que tanto defendo como o primeiro capítulo para a história de um mundo melhor. É o símbolo da mãe e da esposa diligente. É quem tudo suporta em nome da paz e da unidade nos lares da vida.

Um comentário:

Ida Cabrini disse...

Paulo, eu não conhecia a História de Santa Rita. Que mulher ela foi hein !!!! Quanto sofrimento !!!