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Por todo o mês se estenderam as comemorações do Dia Internacional do Meio Ambiente, oficialmente celebrado em 5 de junho. Ainda que se tenham costumeiramente plantado brotinhos pelo mundo, manchas quilométricas de óleo e vergonha se espalham na mesma amplitude. Campanhas de conscientização parecem correr diária e ineficazmente em alertas mais do que manjados, mas quase nunca levados a sério.
Índices e medições pelo planeta são espalhados categoricamente por todos os meios conhecidos, mas não dão conta de serem revertidos nem estancados. A emissão de gás carbônico, o principal causador do efeito estufa, atingiu o seu ponto mais alto em 2 milhões de anos e com isso a temperatura da Terra bate recordes sucessivos de aquecimento. Os desmatamentos na Mata Atlântica, por exemplo, continuam inacreditavelmente a avançar, restando menos de 8% da sua cobertura original. O mau uso da água potável pode secar a garganta de milhões de pessoas num futuro bem próximo e, ironicamente, o derretimento das calotas polares podem submergir dezenas de cidades. E, no cair das chuvas ácidas, o bicho homem produz e sofre com a própria poluição. Sofre com os distúrbios hormonais causados pelos pesticidas que eles mesmos borrifam nas plantações. Sofre com a falta de bom senso, jogando nos rios toda espécie de lixo, de sacos plásticos a sofás, como os que foram encontrados no rio Tietê.
Ao bicho homem cabe a redução drástica da emissão de gases poluentes, o que líderes de Estado e cientistas tem discutido há tempos em reuniões formais e convenções que mais parecem infrutíferas. Cabe o comedimento – como ensina a própria vida –, o uso satisfatório dos nossos recursos, da água, da energia elétrica, a coleta conscienciosa de materiais recicláveis, a liderança governamental responsável, a conjugação humana não só em apoio ao planeta mas principalmente contra a exploração descabida das suas reservas, que tem havido desde a Revolução Industrial há mais de século e meio e parece ainda estar longe do fim.

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