A importância da água

Sempre fui um grande apaixonado por água. Por ocasião de uma bronquite, ainda muito criança, a natação foi indicada ao meu caso e posso dizer que foi amor à primeira mergulhada. A água do mar, dos lagos e das piscinas sempre foram sinônimo de férias, pescaria e esporte, ainda que tenha aprendido a contemplar a mais fina garoa como o mais belo por do sol.
Daquela época até hoje a água deixou de ser um líquido e passou a ser um símbolo. O mar levou a ideia de recreação e trouxe paz e higiene mental; a natação deixou de ser mecânica e corporal para ser relaxante e um copo d’água passou a significar mais do que simplesmente matar a sede. Transformou-se no símbolo da boa saúde.
Um adulto elimina perto de 2 litros d’água por dia, mas nem todos se dão ao trabalho de reconstitui-los, independente da sede. Os especialistas aconselham a ingestão dos mesmos 2 litros – ou 8 copos – diários, para que o corpo desempenhe a contento as suas funções. Como os excessos são prejudiciais, não se recomenda muito mais do que isso, ainda mais sem a devida eliminação. Vale lembrar que alguns alimentos – como a alface, o aipo, o pepino, o repolho cru, a melancia, o brócolis fervido e a laranja, entre outros – também constituem, como o leite e outros líquidos, grandes porcentagens de água.
A água regula a temperatura do corpo, mantém os rins ativos, dilui sólidos, transporta nutrientes, elimina impurezas, benze e opera milagres.
Aliás, a água quase sempre esteve associada aos propósitos divinos: nos rituais cristãos como o batismo, nos rituais wiccanos e xintoístas de limpeza, nos banhos que simbolizam a passagem para uma nova vida, purificada com a remissão dos pecados.
A água renova, revitaliza e lava, sobretudo a alma. Com açúcar acalma os ânimos, com sal tempera a vida. Com pouco faz muito e com muito derruba obstáculos, impiedosa, que se opuserem à sua frente. Contorna curvas ou alturas e se amolda a qualquer forma como um símbolo de força e de garra, exemplo a que todos nós devemos seguir.