Conversar é uma arte

A expressividade tem um valor incalculável. Saber articular um pensamento e lhe dar forma e voz evita imprecisões de todo tipo. Mais do que dizer para o outro o que penso e sinto é me certificar de que fui ouvido e compreendido. E mais do que me articular e me expressar é receber atenção de presente, a grande retribução de qualquer emissor. Ocorre que no mundo de hoje, imensamente acelerado, onde se tem muito a fazer - ou se acha que tem -, onde muitos são breves nas suas palavras e poucos tem paciência para escutar, conversar requer estratégia. Só os diálogos mais importantes são blindados da influência de telefones, campainhas, ruídos ou influências externas e nem assim tem a garantia de que as suas mensagens serão entendidas. Isso em razão de outras pragas dos diálogos. Doar atenção, ter tempo disponível e se abster de pensamentos alheios para um parecer mais preciso é realmente uma arte. Para poucos.

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