Como se fosse a primeira vez

Sempre me perguntei se um dia escreveria sobre cinema, uma das minhas paixões. Até considerei que a ideia ficava cada vez mais distante com a quantidade tamanha de informações sobre filmes que encontramos hoje nas bancas, nos shoppings e na internet. Com alguns clics do mouse já se acessam opiniões de espectadores e especialistas, resenhas, sinopses e trailers, se não o próprio filme.
Em cartaz ou em dvd, os lançamentos são comentados por gêneros, estrelas ou milhões em bilheteria, rankeados e propagados aos confins do mundo. Críticos e público volta e meia se entendem; os primeiros procuram o algo mais estético, narrativo ou tecnológico, avaliam as sequências, os planos de filmagem, as atuações dos artistas, a coerência dos roteiros, a direção e os aspectos técnicos, além do filme em torno de si mesmo e pelo que ele se propõe; o segundo quer se divertir, na sua imensa maioria. A diversão e o entretenimento são as grandes apostas do cinema, embora, felizmente, muitos filmes sejam produzidos com propostas culturais e reflexivas. Os filmes, bons ou nem tanto, pipocam todas as semanas para quem se dispuser a vê-los.
Assim, bem distante de um analista de cinema, a quem cabe a crítica externa ou a imanente, as avaliações ou juízos de valor, apresento-me tal qual um atendente de videolocadora, que virá a cada quinzena a este canto do Jornal Destaque deixar algumas boas dicas para vocês. Espero, com razão e sensibilidade, sem orgulho nem preconceito, fazer a coisa certa.

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