Amor e inocência

Não só uma pequena parcela de cinéfilos aprova as produções pouco hollywoodianas baseadas nos livros da escritora inglesa Jane Austen (1.775-1.817). Os românticos, os curiosos e os distintos tem à disposição os seis romances da autora, produzidos para cinema ou televisão em várias versões.
Não só as belíssimas paisagens das vilas campesinas inglesas do Século XIX são representadas em "Orgulho e Preconceito" (Pride and Prejudice, 2.005), "Razão e Sensibilidade" (Sense and Sensibility, 1.995, com Emma Thompson), "Persuasão" (Persuasion, 1.995, para tv), "Emma" (1.996, com Gwyneth Paltrow) e "Palácio das Ilusões" (Mansfield Park, 1.999) e "Abadia de Northanger" (Northanger Abbey, 2.007), ambos para a tv.
Os costumes das famílias da época – a maioria de classe média –, os problemas com a herança, os matrimônios por conveniência, a castidade e as virtudes das mulheres, os valores da sociedade e as relações entre sentimentos de personagens da vida comum são elementos cativos em todos eles. Em Jane Austen vemos a singeleza, a cortesia, a consideração pelo próximo, os finos diálogos de uma época tão diferente da atual. "Tenho tantos defeitos para merecê-lo!" – diz Emma Woodhouse a George Knightley.
Embarcar em suas obras é andar quilômetros para levar amêndoas para uma pessoa querida; é fazer companhia para os que estão sozinhos nas festas, é molhar-se na chuva para evitar que as moças se resfriem. Assistir à Jane Austen é sobretudo sentar-se à frente do bom gosto e da polidez.

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