Em propaganda aprendemos a importância do processo criativo, que se inicia com o propósito, aprofunda-se nas pesquisas, esquece-se na incubação, transforma-se nos insights e se completa na amarração. Os especialistas aconselham total afastamento do processo durante a fase da incubação: depois de estabelecida a meta, depois de tanto estudo, informação e investigação, é hora de pescar, de dormir na rede e de caminhar ao entardecer. Não que descansar represente pouco caso ou negligência, mas quando nos desligamos as nossas perguntas continuam piscando em busca de respostas, que virão tão mais facilmente quanto maiores forem os nossos índices de assossego.
Planejar, sim, é um dos maiores verbos da evolução humana, que a imaginação o acompanhe. Ter um propósito vigente é tão necessário quanto o ar que respiramos, para que a nossa vida não se torne sufocante. “Nada contribui tanto para tranqüilizar a mente – disse a escritora inglesa Mary Wollstonecraft –, como um propósito estável, um ponto sobre o qual a alma possa fixar o seu olhar intelectual.”
Assim, não valem só as viagens retirantes, mas também o exame de consciência, o instante de introspecção, a parada estratégica para o olhar do mirante. Temos sempre que estabelecer novas missões, às quais devemos nos agarrar, acercados de tanta informação acessível e de tanta fé interior. Sempre é tempo de um propósito e de um objetivo no mundo, pois o coração aceso na vida corre iluminando por onde passa.
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