O cinema e a música clássica

Arte, música e literatura sempre estiveram tão ligadas ao cinema que merecem capítulos à parte enquanto íntimas companheiras. Afiguram-se, assim, os bons filmes que representam o expressionismo ou o surrealismo – dois expressivos movimentos artísticos –, os belos musicais de Hollywood, as tantas obras literárias e as tantas histórias de vida de pintores, músicos, escritores e celebridades de todos os cantos, adaptadas para o cinema.
Tenho grande apreço pelas cinebiografias, que têm trazido as aventuras de tantas pessoas notáveis que enfim têm se mostrado tão ou mais falíveis que as nossas.
Desta vez destaco quatro filmes especiais, baseados na trajetória de alguns dos maiores gênios da história da música clássica. São destes que encantam não só pela ascensão dos protagonistas, mas pelas virtudes que os rodeiam, pela sensibilidade para a arte que fazem transbordar para a vida.
Talvez os mais celebrados sejam "Amadeus" (de 1984) e "Minha amada imortal" (Immortal beloved, 1994), que remetem a Mozart e a Beethoven; mas "Valsas de Viena" (Waltzes from Vienna, 1.934) e "Sonata de Amor" (Song of love, 1.947) são imperiosos. O primeiro é da fase inglesa de Alfred Hitchcock, que retrata um trecho da vida de Johann Strauss (o filho), seu relacionamento com Johann Strauss (o pai) e como desponta com ‘Danúbio Azul’; o segundo (foto acima) romanceia a vida de Robert Schumman, sua esposa Clara e seu pupilo Johannes Brahms, num filme que talvez se transforme num dos mais lindos da vida de vocês também.

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